19 setembro, 2009

A Tarde

Deito-me ao seu lado, em busca do seu aconchego. Seus braços logo partem de encontro a meu corpo. Seus olhos brilham como estrelas em noite de lua cheia. Meus olhos tomam outra direção, sua boca. Suspiro pelo nosso encontro. A felicidade transborda com as batidas do coração. Meus lábios vão de encontro ao seu, meus braços envolvem teu pescoço. O corpo amolece, as mãos estremecem, o corpo reage. Cada vez que o beijo, sinto calafrios. São beijos sinceros. Assim como os instantes em que trocamos olhares. Eu o amo, nos amamos. E assim sinto quem sou novamente. Esqueço do mundo. Dou prioridade a nós. Quero ser a sua amada. [...] Mas daí a tarde acaba, as horas passam, os minutos são milésimos. Eu o deixo. E bate a tristeza de mais uma vez ter que suportar a distância, e lembrar que estou "só". Reencontro minha realidade. O mundo novamente me possui. Os suspiros ficam no seu quarto. Meu coração volta ao rítmo, de mais um. Meu amor permanece, minha felicidade se envaidece. A insanidade vem a tona. Aqui estou, vivendo como alguém que busca um futuro em consequência do passado, mas o passado que valeu a pena. Não sou mais um anjo, nem ao menos um demônio. Humana, inconsequente, vivendo de momentos, tempos e movimentos.

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